
Muitos amigos já me perguntaram se li Adeus China – O Último Bailarino de Mao (Editora Fundamento, 400 págs., R$ 48,40). “Infelizmente, ainda não”, respondia. Na realidade, nunca parei para pesquisar ou folhear o livro, justo eu que adoro passar horas na livraria.
Na semana passada, entretanto, vi algo na internet que me chamou a atenção. Na página principal do The Internet Movie Database estava em destaque o pôster de um filme que trazia um bailarino oriental. No mesmo instante, cliquei no link e descobri que Adeus China já se transformou em longa, lançado em 2009, do diretor Bruce Beresford (Conduzindo Miss Daisy).
Assisti ao trailer de O Último Dançarino de Mao (veja abaixo) e me emocionei. Acredito que os apaixonados por dança também gostarão do filme, que tem cenas belas e espetaculares.
Para quem não sabe, a trama é baseada na autobiografia de um dos maiores bailarinos do mundo, o chinês Li Cunxin. Aos 11 anos, ele foi retirado da pobre aldeia em que vivia com a família para estudar balé em Pequim. Transformou-se em estrela da dança e fez o que outros (Nureyev e Baryshnikov, só para citar alguns) fizeram antes dele: deixou o país rumo ao Ocidente.

Li Cunxin e Mary McKendry (sua esposa) no Pas de Deux de Esmeralda, no Australian Ballet Gala, em 1990
Li Cunxin tornou-se um dos queridinhos da América. No entanto, a China comunista não o perdoou. Assim, ele teve de enfrentar o governo para garantir a integridade de sua família e a realização de seu sonho como artista.
Em 2008, Li Cunxin esteve no Brasil durante o lançamento do livro. Resta saber se o filme - que foi exibido na 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em 2009 - chegará às telonas. Acho difícil.
