quinta-feira, 10 de junho de 2010

O Último Bailarino de Mao


Muitos amigos já me perguntaram se li Adeus China – O Último Bailarino de Mao (Editora Fundamento, 400 págs., R$ 48,40). “Infelizmente, ainda não”, respondia. Na realidade, nunca parei para pesquisar ou folhear o livro, justo eu que adoro passar horas na livraria.

Na semana passada, entretanto, vi algo na internet que me chamou a atenção. Na página principal do The Internet Movie Database estava em destaque o pôster de um filme que trazia um bailarino oriental. No mesmo instante, cliquei no link e descobri que Adeus China já se transformou em longa, lançado em 2009, do diretor Bruce Beresford (Conduzindo Miss Daisy).

Assisti ao trailer de O Último Dançarino de Mao (veja abaixo) e me emocionei. Acredito que os apaixonados por dança também gostarão do filme, que tem cenas belas e espetaculares.

Para quem não sabe, a trama é baseada na autobiografia de um dos maiores bailarinos do mundo, o chinês Li Cunxin. Aos 11 anos, ele foi retirado da pobre aldeia em que vivia com a família para estudar balé em Pequim. Transformou-se em estrela da dança e fez o que outros (Nureyev e Baryshnikov, só para citar alguns) fizeram antes dele: deixou o país rumo ao Ocidente.

Li Cunxin e Mary McKendry (sua esposa) no Pas de Deux de Esmeralda, no Australian Ballet Gala, em 1990

Li Cunxin tornou-se um dos queridinhos da América. No entanto, a China comunista não o perdoou. Assim, ele teve de enfrentar o governo para garantir a integridade de sua família e a realização de seu sonho como artista.

Em 2008, Li Cunxin esteve no Brasil durante o lançamento do livro. Resta saber se o filme - que foi exibido na 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em 2009 - chegará às telonas. Acho difícil.


5 comentários:

  1. Realmente um trailer legal (aliás, qual trailer não é?).

    Não gosto muito dessas coisas que mostram os EUA como um país melhor que os outros - nada contra o EUA, mas sim contra a patriotada -, mas é difícil acreditar que a China não faça muito diferente disso que foi mostrado.

    Já vi Conduzindo Miss Daisy, é um filme maravilhoso e este parece ser também.

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  2. Concordo com você, Marcio. Também não curto esses filmes nos quais os EUA aparecem como o salvador da pátria...
    Ah, graças a você arrumei um erro... Tinha escrito Dirigindo Miss Daisy (que feio). Realmente é maravilhoso!

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  3. Professora Ju,
    Te faço uma pergunta, porque será que jornalista e "escritor" adora passar horas no sebo ou na livraria?
    Bella.

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  4. Livro excelente! Li em 1 dia, nao da vontade de parar. A grande questao nao e' a de os EUA como grande salvador, mas sim de como o Ocidente era retratado aos Chineses.

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  5. Primeiro eu li o livro que, aliás, encontrei num sebo em Brasilia e emprestei para várias pessoas. Gostei tanto que me comuniquei com o Sr. Li Cunxin, que mora na Austrália, quando ele me falou que possivelmente haveria um filme. Depois vi o filme e agora tenho uma cópia casa para ver de vez em quando.

    Para mim, que fui diversas vezes à China e vi o povo como é, nada poderia retratar mais a realidade do valoroso e sofrido povo chinês.

    Josué Fermon

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